Propostas da síndica
Gostaria de esclarecer uma dúvida: todas as propostas ou ideias apresentadas pela síndica do meu prédio devem ser obrigatoriamente aceitas pelos condôminos? O nosso prédio é pequeno, com poucos moradores, e o condomínio tem um valor relativamente baixo, já que há bastante tempo não há reajustes na taxa condominial. Recentemente, foi criado um fundo de reserva, que está completando apenas um ano de existência, mas cujo valor ainda é muito limitado. Durante uma reunião, a síndica sugeriu a contratação de um engenheiro para avaliar e definir as prioridades das diversas obras necessárias no prédio. O problema é que o fundo de reserva não cobre nem o início das reformas, e a contratação desse engenheiro custaria R$ 2.000 — mais de 50% do que temos atualmente disponível. Minha dúvida é: isso faz sentido neste momento? As obras que precisam ser feitas são bastante óbvias. Temos, por exemplo, a fachada para pintura e todas as caixas de esgoto e gordura necessitando de reforma completa, não apenas de pequenos reparos. Ou seja, é evidente que as prioridades devem ser as intervenções estruturais, e só depois podemos pensar em melhorias estéticas. Entendo que gastar com um engenheiro agora não seja uma decisão prudente. Primeiro, porque os recursos do fundo de reserva deveriam ser utilizados diretamente nas obras, e não em consultorias. Segundo, porque a necessidade e a ordem das obras já estão claras. Ainda assim, a síndica colocou a proposta em votação e, posteriormente, lançou uma enquete no grupo de WhatsApp para validar a contratação do engenheiro. Minha preocupação é que sejamos obrigados a aceitar qualquer ideia colocada em votação, mesmo que ela vá contra o bom senso ou a viabilidade financeira atual do condomínio. Acredito que, neste momento, o foco deve ser na arrecadação de recursos para as obras, e não em gastos com propostas pouco justificadas.